Quando a Suzuki/JToledo retirou a GS 500 da sua linha de produtos deixou o mercado vazio na categoria 500. Um pouco antes a Honda anunciava a descontinuidade da CB 500 para apresentar a Hornet 600. Por cerca de dois anos o mercado ficou vazio na faixa de 500cc. Ou se apelava para as custom, ou para os modelos de uso misto. Quem estava saindo da categoria 250 tinha de injetar uma montanha de dinheiro pra chegar nas 600. Al‚m disso, as 500 usadas ficaram supervalorizadas, chegando a ser cotadas a absurdos R$ 18.000!
A J.Toledo surpreendeu o mercado ao anunciar a volta da GS 500, com o quadro pintado de preto, painel grafite, al‡a de garupa preto fosco e o mais importante: o motor com 3 cv a mais, passando de 45 para 48 cv a 9.200 rpm. Em nosso primeiro contato com a GS 500 o ponteiro do veloc¡metro cravou 200 km/h, algo inimaginavel nas 500 até então. E o preço sugerido de lan‡amento ‚ R$ 21.235, mas estava com uma promoção de R$ 19.900 nos primeiros meses.
GS500e 2004
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Infelizmente não veio para o Brasil (ainda) a versao com carenagem integral que ‚ linda! Parece uma Sradizinha!
A historia da GS 500 remonta os anos 70, quando lançaram em 1976 no Japão a Suzuki GS 400, com motor de dois cilindros, duplo comando no cabeçote e duas v lvulas por cilindro. Foi s¢ em 1989 que o motor passou de 400 pra 500cc, mas ainda preservando um estilo mais touring.
Finalmente, em 1991 surgiu a versão esportiva da GS 500, já com quadro perimetral de de secção retangular de berço duplo, suspensäes regul veis e guidão colocado na bengala. Era o máximo de esportividade em uma moto feita pra rodar nas cidades! Em 1994 algumas mudanças importantes: o guidão passou para cima da mesa, com a posição de pilotagem mais confortavel, o banco ficou mais largo e a suspensão dianteira perdeu as regulagens. Tudo em nome do conforto. Em termos de motor, de acordo com as normas reguladoras de emissäes em v rios pa¡ses, a GS 500 oscilou entre 47 e 52 cv, sempre a 9.200 rpm. Nessa versão atual, o motor desenvolve 48 cv.
Para quem esta saindo das 250 e estava de olho no proximo degrau, pode prestar atenção, porque essa pode ser a sua proxima moto.
O painel continua com dois instrumentos circulares, com veloc¡metro … esquerda (indicando at‚ 210 km/h), dois hodometros, e … a direita está o conta-giros com faixa vermelha começando a 11.000 rpm. Os comandos elétricos são fáceis de operar e o afogador também .E aqui vale uma observação: nos fóruns de GS 500 na Internet muita gente confunde a finalidade da posição PRI da torneira. Essa posição ‚ usada só para dar a primeira partida após algum per¡odo desligada (tipo um dia), depois pode voltar para a posição “ON”. Tem gente achando que a posição PRI ajuda a moto a correr mais!
GS500e 2001.
A partida elétrica aciona o motor: mesmo ru¡do e n¡vel de vibração do modelo 2004. Em baixa rotação o ru¡do do motor passa a sensação de funcionamento irregular, semelhante ao da CB 500. Parece que tem sempre um cilindro falhando! Assim que engatei a primeira marcha no cambio silencioso, essa sensação de “falhação” desapareceu e senti-me na conhecida GS 500 de sempre! Pedaleiras de borracha grandes contra-pesos nas pontas do guidão eliminam boa parte da vibração. O funcionamento em baixa rotação ‚ suave e silencioso.
Partimos para a seção de fotos em uma sequencia de curvas e lembrei de como a GS 500 ‚ ágil e fácil de pilotar. A suspensão traseira ‚ monoamortecida, e a dianteira por garfo telescópico. Os pneus Bridgestone novinhos ajudaram a me divertir mais um pouco e abusei da sorte ao inclinar até sentir aquela velha presença da “consciencia” soprar no ouvido “tá bom, agora chega!”. O que notei de legal ‚ que as pedaleiras dificilmente raspam no chão, pode-se inclinar bastante e deixar a “responsa” para os pneus que seguram a onda na boa.
Em seguida pegamos uma reta e decidi que era hora de testar se os 3 cv a mais em relação … versão 2004. Em uma reta gigantesca e larga fui acelerando tudo e senti o motor crescendo, crescendo até o ponteiro do veloc¡metro encostar no 200 km/h! Se projetarmos um erro médio de 10%, pode-se calcular a velocidade máxima real de 180 km/h, mais do que os 173 km/h alcançados pela última GS 500 que testei. Só não achei muito tranquilizador o pequeno balanço acima de 180 km/h. Analisando a moto logo em seguida percebemos que a suspensão traseira parecia mais dura do que o normal, o que pode transmitir essa oscilação em alta para a parte dianteira. Como a moto era praticamente zero km, não se pode afirmar que ‚ caracter¡stica a moto ou falta de uso!
Nos últimos testes, a média de consumo da GS 500 ficava sempre entre 17 e 19 km/litro, mas com picos at‚ de 24 km/litro. O que ‚ estranho para quem não está familiarizado com esse motor ‚ o consumo de óleo. é recomendável verificar o n¡vel a cada 1.000 km. Não entenda como “problema”, mas uma caracter¡stica do motor. Alguns carros tem o mesmo apetite com óleo desde novos.
Quando nosso mercado tinha grande oferta de motos de todas as categorias, faltava o público para consumi-las. Por isso as fábricas decidiram “criar” o mercado degrau por degrau. Teve a explosão de motos de 250cc que formou uma base de motociclistas sa¡dos das categorias 125/150. O passo seguinte seria formar o mercado acima de 250 e chegou esse momento.
Isso explica o “sumiço” da GS 500 e da Honda CB 500 quase na mesma ‚poca. A demanda por motos 500cc de dois cilindros era tão grande que as CB 500 usadas estavam cotadas a preço maior do que eram vendidas zero km! Numa distorção de mercado, muita gente comprou uma CB ou GS 500 nova, rodou um ano ou mais e depois vendeu pelo mesmo valor!
A categoria 400/500 ‚ sob medida para ser a moto-única da garagem de casa. Confortável para viajar, economica na estrada e muito ágil na cidade. Para essa geração que está saindo da categoria 250 cheia de apetite, esse cardápio ser um prato cheio!
fonte:http://www.motonline.com.br/
GS500e 1995
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